«Era uma vez uma melrita que tinha o seu ninho num carvalho.
Acabara de ter cinco filhinhos e cantava muito contente:
- Que contente estou, que contente estou.
Aos meus cinco filhinhos comida lhes dou!
Mas um certo dia passou por ali uma raposa que lhe disse…»
“A Melrita” é uma narrativa clássica recolhida em La Vera de Plasencia (Extremadura) que pertence ao arquétipo de contos de animais nos quais a espécie voadora vence a terrestre. Evocando questões vitais como a luta pela sobrevivência, destaca-se estruturalmente pelo ritmo das suas frases, que convertem o texto numa canção que ainda hoje perdura na sua zona de origem.
A proposta plástica reúne simplicidade e expressividade, em conformidade com a poética do texto: colagens à base de papel e esquiços a lápis criam as diferentes personagens e os cenários que se complementam com os jogos tipográficos e com os tamanhos, as formas e as cores das letras