Austeridade : a história de uma ideia perigosa / Mark Blyth ; trad. Freitas e Silva
Idioma: Português.País: Portugal.Menção da edição: 1ª edPublicação: Lisboa : Quetzal, 2013Descrição: 416 p. ; 24 cmISBN: 9789897221293.Resumo: Hoje em dia, tanto na Europa como nos Estados Unidos, criticamse os gastos do Estado como se a causa da deterioração da economia fossem apenas o desperdício e a irresponsabilidade dos governos. E para a solução da crise financeira, implementaram-se políticas draconianas de corte orçamental como uma espécie de castigo sobre os cidadãos, que são acusados de terem vivido acima dos seus meios e possibilidades – e que agora terão de “apertar o cinto”. Esta visão esquece – muito convenientemente – a origem do endividamento, que não foi a orgia despesista do Estado, mas sim o resultado direto do resgate e da recapitalização do sistema bancário. Através destas operações, a dívida privada passou a ser dívida pública, e, enquanto os verdadeiros responsáveis deste processo saem impunes, o Estado arca com a culpa e os contribuintes carregam o fardo do aumento de impostos, do desemprego e da perda de direitos fundamentais. Para o economista e professor Mark Blyth, autor deste livro, a viragem global para as políticas de austeridade é uma ideia muito perigosa. Em primeiro lugar, não funciona. Como os últimos quatro anos e exemplos históricos do último século o demonstram, a tentativa do Estado em conter a despesa barrando os caminhos do crescimento até pode ter algum resultado prático, mas nunca quando todos os países o praticam em simultâneo – isso só leva à recessão global. Em segundo lugar, pedir aos inocentes (os cidadãos, os contribuintes) que paguem pelos erros dos culpados (os Estados, os grandes bancos) é sempre má política. Em terceiro lugar, a receita da austeridade apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade para todos, contraria o princípio da igualdade de oportunidades e só leva à pobreza e à desigualdade social. Ou seja: estaremos dispostos a pagar o custo da austeridade?.Assunto - Nome comum: Economia | AusteridadeTipo de documento | Biblioteca | Biblioteca de inscrição | Cota | Número de cópia | Estado | Data de devolução | Código de barras | |
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Monografia | Biblioteca Municipal de Lagoa | Biblioteca Municipal de Lagoa | 33 BLY (Ver prateleira(Abre abaixo)) | 62620 | Disponível | D00000060034 |
Hoje em dia, tanto na Europa como nos Estados Unidos, criticamse os gastos do Estado como se a causa da deterioração da economia fossem apenas o desperdício e a irresponsabilidade dos governos. E para a solução da crise financeira, implementaram-se políticas draconianas de corte orçamental como uma espécie de castigo sobre os cidadãos, que são acusados de terem vivido acima dos seus meios e possibilidades – e que agora terão de “apertar o cinto”.
Esta visão esquece – muito convenientemente – a origem do endividamento, que não foi a orgia despesista do Estado, mas sim o resultado direto do resgate e da recapitalização do sistema bancário. Através destas operações, a dívida privada passou a ser dívida pública, e, enquanto os verdadeiros responsáveis deste processo saem impunes, o Estado arca com a culpa e os contribuintes carregam o fardo do aumento de impostos, do desemprego e da perda de direitos fundamentais.
Para o economista e professor Mark Blyth, autor deste livro, a viragem global para as políticas de austeridade é uma ideia muito perigosa. Em primeiro lugar, não funciona. Como os últimos quatro anos e exemplos históricos do último século o demonstram, a tentativa do Estado em conter a despesa barrando os caminhos do crescimento até pode ter algum resultado prático, mas nunca quando todos os países o praticam em simultâneo – isso só leva à recessão global.
Em segundo lugar, pedir aos inocentes (os cidadãos, os contribuintes) que paguem pelos erros dos culpados (os Estados, os grandes bancos) é sempre má política. Em terceiro lugar, a receita da austeridade apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade para todos, contraria o princípio da igualdade de oportunidades e só leva à pobreza e à desigualdade social.
Ou seja: estaremos dispostos a pagar o custo da austeridade?
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