A Guerrilha do Remexido e os seus autores não se deixam enredar no círculo estreito a que os movimentos antiliberais do Sul do país tinham sido confinados durante muito tempo. A imagem de marca de um movimento puramente político, acantonado às regiões selvagens da serra algarvia, e que não teria sobrevivido à morte do seu chefe carismático, foi abandonada. Canto Machado e Monteiro Cardoso colocaram em relevo o enraizamento do movimento na sociedade rural do Sul, bem como os seus laços com os conflitos políticos que marcaram o Algarve a partir de 1826 (ou seja, a partir das revoltas contra a Carta Constitucional). Demonstraram também a persistência do fenómeno guerrilheiro e provaram que os rebeldes tinham sobrevivido à morte do seu chefe, tendo sido abordadas também as relações entre os guerrilheiros e o ‘partido’ miguelista.» — Fátima Sá e Melo Ferreira, Introdução Sinopse curta História da Guerrilha do Remexido, uma combativa guerrilha miguelista que marcou o Algarve e o sul do país no século XIX